segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Gosto de Sangue (Blood Simple - 1984)
IMDb
Julian Marty (Dan Hedaya) é o dono de um bar numa cidade do Texas e desconfia que sua mulher, Abby (Frances McDormand), o está traindo com Ray (John Getz), um de seus empregados. Marty decide por contratar um detetive para segui-los, e acaba confirmando suas suspeitas. Ele então faz um novo acordo com o detetive, propondo que ele mate sua esposa e o amante dela enquanto ele estiver fora da cidade.
Crítica
Uma marca perfeita dos Irmãos Coen, inicio de carreira que traria outras pérolas no estilo. O filme conta uma historia sem grandes efeitos modernos, porém com tempo perfeito para um suspense, o telespectador se transporta para as cenas. Com coerência eles descrevem com uma dose de maestria e humor negro, o relacionamento de dois amantes, que é descoberto pelo marido da mulher e este contrata um assassino profissional visando eliminar o casal. Aí começa um jogo de desconfianças de ambas as partes. Em destaque a cena em que o assassino fica com a mão presa na janela do hotel.
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Em Breve
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Blood.Simple.(1984).DVDRip.DivX3LM-LiGHTNiNG.avi
Legendas.Tv (sync.by.meganakas)
sábado, 9 de janeiro de 2010
Stellet Licht (aka Luz Silenciosa)
IMDb
Johan é um menonita do norte do México. Os menonitas são protestantes, vindos da Europa para a América no século XVI e estabelecidos no México a partir de 1922. Eles defendem o princípio do pacifismo radical e da rejeição ao progresso. A comunidade de Johan é mais moderada. Eles já utilizam carros e os avanços da medicina moderna, mas ainda recusam as comunicações com o exterior, por telefones ou internet. Neste ambiente, contra as leis dos homens e de Deus, Johan, casado e pai de família, se apaixona por outra mulher.
Premiações
.Prêmio Ariel , Mexico,2007:
Ganhou o Ariel de Ouro nas categorias:
Melhor Direção (Mejor Dirección),Carlos Reygadas
Melhor Atriz Coadjuvante (Mejor Coactuación Femenina),Maria Pankratz
Indicado ao Prêmio Ariel na categoria de Melhor Atriz (Mejor Actriz),Miriam Toews
.Bergen International Film Festival,2007:
Ganhou o Prêmio do Júri como Melhor Filme,Carlos Reygadas
.Cannes Film Festival ,2007:
Ganhou o Prêmio do Júri,Carlos Reygadas (empatado com Persepolis ,2007).
Indicado à Palma de Ouro,Carlos Reygadas
.Chicago International Film Festival ,2007:
Ganhou o Gold Hugo como Melhor Filme,Carlos Reygadas
.Cine Ceará - Festival Nacional de Cinema,2008:
Ganhou o Feature Film Trophy nas categorias de:
Melhor Diretor,Carlos Reygadas
Melhor Fotografia,Alexis Zabe
.Havana Film Festival ,2007:
Ganhou nas categories de:
Melhor Diretor,Carlos Reygadas
Melhor Fotografia,Alexis Zabe
Melhor Som,Raul Locatelli
Grand Coral - First Prize,Carlos Reygadas
.Huelva Latin American Film Festival,2007:
Ganhou o Golden Colon ,Carlos Reygadas
Ganhou o Silver Colon de Melhor Diretor,Carlos Reygadas
.Lima Latin American Film Festival ,2007:
Ganhou como Melhor Fotografia,Alexis Zabe
Ganhou o Prêmio da Crítica,de Melhor Filme,Carlos Reygadas
Ganhou o Elcine First Prize como Melhor Filme,Carlos Reygadas
.Rio de Janeiro International Film Festival ,2007:
Ganhou o Prêmio FIPRESCI como melhor Fikme Latinoamericano,
Carlos Reygadas
Curiosidades
.Este é o primeiro filme falado em Plautdietsc,um dialeto da lingua alemã.
.Filme oficialmente indicado pelo México ao 80th Academy Awards, e o primeiro filme desse país não falado em espanhol.
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Silent.Light.(2007).LiMiTED.DVDRip.XviD.cd1-HLS
Silent.Light.(2007).LiMiTED.DVDRip.XviD.cd2-HLS
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domingo, 3 de janeiro de 2010
Mal dos Trópicos (aka Tropical Malady, Sud pralad - 2004)
IMDb
História de um casal de homossexuais e sua misteriosa relação com a selva do nordeste da Tailândia, um lugar quente e úmido onde todos os acontecimentos são regidos com regras próprias. O tempo é mágico e o amor é feliz e sem complicações para o soldado Keng e o jovem Tong. As noites são reconfortantes e agradáveis com a família de Tong e as canções enchem as noites da cidade. Mas esta harmonia é rompida por um desaparecimento. Algum tipo de besta selvagem está trucidando as vacas. As lendas locais dizem que um ser humano, de alguma maneira, pode ter se transformado na tal criatura. Tem início, então, um conto sobre um soldado que parte sozinho para o coração da floresta, onde o mito é freqüentemente real. Ou assim parece.
Crítica Contracampo
Curiosidade
O título original do filme significa monstro ou besta.
Premiações
- Ganhou o Prêmio do Júri, no Festival de Cannes.
- Ganhou o Prêmio da Crítica, na 28° Mostra de Cinema de São Paulo.
Screens
Em Breve
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Tropical.Malady.(2004).DVDRip.XviD.cd1-PROMiSE.avi
Tropical.Malady.(2004).DVDRip.XviD.cd2-PROMiSE.avi
Legenda.TV (by.mauromcfly)
sábado, 2 de janeiro de 2010
Still Life (aka Sanxia Haoren - 2006)
IMDb
A velha cidade de Fengjie já está debaixo de água, mas o seu novo bairro ainda não foi terminado. Há coisas a salvar e há coisas a deixar para trás...
Han Saming, um mineiro, viaja para Fengjie para procurar a ex-mulher que não vê há 16 anos. Quando se encontram nas margens do rio Yangtze, decidem voltar a casar-se. Shen Hong, uma enfermeira, viaja para Fengjie à procura do seu marido que não vem a casa há dois anos. Abraçam-se em frente à barragem das três gargantas. Mas apesar da dança, decidem tristemente acabar e pedir o divórcio.
Premiações
Vencedor do Leão de Ouro do festival de Veneza de 2006 além de outros importantes prêmios asiáticos.
Crítica
O mais recente filme de Jia Zhang-ke (“The World”), vencedor do Leão de Ouro para o Melhor Filme do Festival de Veneza em 2006, é mais uma complexa e densa narrativa em volta do quotidiano. Desta feita, em torno dos efeitos da barragem das Três Gargantas no rio Yangtze sobre a vida da população local. Este projecto, que teve início em 1993 e só terminará em 2008, tem sido criticado quer por grupos ambientais quer de defesa dos direitos humanos, exigindo esforços desmesurados de realojamento.
Este é um dos poucos elementos comuns que une duas histórias que compõem esta “Natureza Morta”. O outro é um jovem que canta a plenos pulmões. Han Sanming (actor com o mesmo nome) é um mineiro de Shanxi que regressa à província de Sichuan após 16 anos, procurando a sua ex-mulher e a filha. Mas a morada que possui está agora submergida pelas crescentes águas da barragem das Três Gargantas. Han Sanming decide esperar pela sua mulher e arranja trabalho na demolição da cidade de Fengjie, antes da sua iminente inundação. Shen Hong (Zhao Tao), é enfermeira, também ela de Shanxi, e que vem a Fengjie em busca do marido, que não vê há dois anos e que ela pensa estar a traí-la.
Mais do que por acções, “Still Life” move-se através de observações. O toque documental coloca-nos numa perspectiva próxima à dos protagonistas, cada um deles assistindo à decadência e devastação urbana como se esta reflectisse a ruína da sua própria vida. Mas no meio de uma sociedade que destrói as suas próprias raízes e dos sentimentos de inadaptação que daí derivam, eles são também símbolo da resistência e persistência individual.
Nos planos longos, personagens e paisagens merecem igual atenção. Jia Zhang-ke divide este lento caminho em quatro partes: cigarros, álcool, chá, doces. Quatro “prazeres” numa realidade de necessidades, mas uma realidade onde ainda é possível um edifício ser lançado no espaço como um foguetão que foge para não ser destruído, onde três pessoas mascaradas se sentam na mesa da nossa sala, ou onde um funâmbulo se equilibra entre dois edifícios. O naturalismo contrasta com lampejos de loucura, da mesma forma que construção e destruição coexistem num mundo em mudança.
Apesar da sua profundidade, “Still Life” não consegue transportar-nos para o seu universo da mesma forma que “The World” o faz. Sobretudo porque é um filme que apela mais às nossas percepções racionais do que às emocionais.
Mas o que mais me inquietou neste filme, à semelhança dos quadros surrealistas, foi o título. E, na sua duração, não consegui parar de divagar sobre ele. Da mesma forma que uma flor numa jarra ou um fruto num prato são natureza morta, elementos retirados da sua fonte de vida, aguardando o apodrecimento, também o Homem é uma natureza morta. Retirado da sua fonte de vida no momento do corte do cordão umbilical toda a sua vida é um caminho para a morte, mais lento que o de uma flor ou de um fruto, mas igualmente inexorável.
RITA
http://cinerama.blogs.sapo.pt/
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Still.Life.(2006).DVDRip.XviD-MESS.avi
Legenda.Tv (by.marciotsr)
Síndromes e Um Século (aka Sang Sattawat - 2006)
IMDb
A memória é uma peça central de "Mal dos Trópicos", filme do tailandês Apichatpong Weerasethakul que levou o prêmio da crítica no Festival de Cannes e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo em 2004. Central porque norteia as ações na primeira metade do filme - memória mecânica, individual, expressa nas fotografias - e também na segunda metade, quando a memória coletiva, transcendental, une o homem aos mitos da natureza.
Síndromes e um Século (Sang Sattawat, 2006), é igualmente desconcertante , também parte de uma memória. No caso, o passado do próprio Weerasethakul. Os seus pais eram médicos em um hospital da província de Khon Kaen, e ele passou boa parte da infância cercado pelo mundo das doenças e dos tratamentos. Hoje com 36 anos, o tailândes resgata essas lembranças da maneira que melhor sabe: contemplando.
O filme se divide em dois, como Mal dos Trópicos. A primeira metade mostra um modesto hospital incrustado no meio da selva. A segunda retrata ambiente semelhante, mas numa cidade cosmopolita. Há personagens e situações que se repetem na parte um e na dois, com ligeiras mudanças nos diálogos, nas reações. Em ambos os momentos, há um denominador comum: a realidade tailandesa que concilia o budismo com a medicina tradicional.
Tentar explicar a história seria rodar em falso, mesmo porque Weerasethakul é um poeta, não um prosador. Não dá para identificar no longa uma trama, uma sinopse que seja. Os momentos do filme se encadeiam como estrofes, não como capítulos. Essa analogia com a poesia pode soar cafona, mas não deixa de ser uma analogia precisa: o cineasta filma em versos, e cabe ao espectador descobrir onde está a rima.
Se não há uma sinopse, pois, então que as partes tratem de representar o todo. Há uma cena em que um monge visita a doutora atrás de pílulas para os seus pesadelos. Um monge um tanto apegado a bulas, esse. Mas um monge que identifica no ar uma carência da médica e puxa da sacola umas ervas que resultarão num chá restaurador. Cada um ajuda o outro da maneira que sabe. Sob o interesse de um médico, o filme é um encanto: como o nosso século admite tratamentos distintos para as mesmas síndromes!
Mais uma cena: o dentista combate as cáries de outro monge, que jamais havia tratado dos dentes. Na primeira parte, a da floresta, o dentista se revela um cantor de música popular tailandesa, enquanto o monge solta algumas tiradas um tanto irônicas. Na segunda parte, dentro de um consultório kubrickiano, todo branco, o mesmo dentista e o mesmo monge mal se falam, separados por intransponíveis barreiras de higiene.
É complicado extrair leituras de Síndromes e um Século, mas é facílimo arrebatar-se com o poder das suas imagens. Formado em arquitetura, de extenso trabalho em vídeo-instalações, Weerasethakul se comporta frequentemente como um artista plástico, concebendo planos assombrosos, brincando com o extra-campo (aquilo que está fora do enquadramento, longe do alcance do olhar, mas sabemos que está lá). A falsa sincronia imagem-som na cena do tênis no corredor do hospital é espetacular. Da mesma forma, não dá para explicar o que é a passagem da cura pelo chakra. A câmera avança até a mulher do fundo, nos hipnotiza, depois retorna pela esquerda e enquadra outra mulher, que está olhando direto para nós. O que é aquilo!
Se você precisa de uma definição, Síndromes e um Século pode ser classificado como cinema sensorial. E se o cinema é a arte de nos fazer ver e sentir a realidade com outros olhos, Apichatpong Weerasethakul é O Cara.
Fonte
Premiações
Asian Film Award (2007) - Melhor diretor
Asian Film Award (2007) - Indicado a melhor filme
Golden Lion (2006) - Indicado a melhor diretor
Curiosidade
A Thailandia censurou o filme do diretor, nao permitindo que passasse nos cinemas locais.
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Sang.Sattawat.(2006).(Subbed.Eng).DVDRip.XviD-NitteZtalker.avi
Legenda (by.kyra e kerouac do MKO)
Sang.Sattawat.(2006).(Subbed.Eng).DVDRip.XviD-NitteZtalker.srt
ou
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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
TOP 30 da Década segundo Festival de Toronto
O Festival de Toronto lançou a que talvez seja a lista mais interessante entre todas que já apareceu com os melhores filmes da década de 00. A relação confirma a importância que o cinema do extremo oriente teve no cinema contemporâneo, incluindo 5 filmes entre os seis melhores. A maioria destes filmes selecionados por curadores e historiadores nunca foram lançados comercialmente no Brasil.
54 filmes foram incluidos no top30, já que em caso de empate os dois filmes mantiveram a posição. Destes, a França participou da produção de 21, mas na maioria dos casos em longas de cineastas de outros países, enquanto os EUA tiveram 9 filmes incluidos. A única presença latino-americana é a de Luz silenciosa, do México. Já Portugal foi citado três vezes, por dois longas de Pedro Costa e o último filme do falecido João César Monteiro.
The list:
54 filmes foram incluidos no top30, já que em caso de empate os dois filmes mantiveram a posição. Destes, a França participou da produção de 21, mas na maioria dos casos em longas de cineastas de outros países, enquanto os EUA tiveram 9 filmes incluidos. A única presença latino-americana é a de Luz silenciosa, do México. Já Portugal foi citado três vezes, por dois longas de Pedro Costa e o último filme do falecido João César Monteiro.
The list:
- Syndromes and a Century (Apichatpong Weerasethakul, Thailand).
- Platform (Jia Zhang-ke, Hong Kong, China/China/Japan/France)
- Still Life (Jia Zhang-ke, China).
- Beau travail (Claire Denis, France).
- In the Mood for Love (Wong Kar-wai, Hong Kong, China),
- Tropical Malady (Apichatpong Weerasethakul, France/Thailand/Germany/Italy).
- The Death of Mr. Lazarescu (Cristi Puiu, Romania); Werckmeister Harmonies (Béla Tarr, Hungary).
- Éloge de l'amour (Jean-Luc Godard, Switzerland/ France).
- 4 Months, 3 Weeks, 2 Days (Cristian Mungiu, Romania).
- Silent Light (Carlos Reygadas, Mexico/France/Netherlands).
- Russian Ark (Alexander Sokurov, Russia/Germany).
- The New World (Terrence Malick, U.S.)
- Blissfully Yours (Apichatpong Weerasethakul, France/Thailand).
- Le Fils (Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne, Belgium/France).
- Colossal Youth (Pedro Costa, Portugal/France/Switzerland).
- Les Glaneurs et la glaneuse (Agnès Varda, France); In Vanda's Room (Pedro Costa, Portugal/Germany/Italy/Switzerland); Songs from the Second Floor (Roy Andersson, Sweden/Denmark/Norway).
- Caché (Michael Haneke, France/Austria/Germany/Italy); A History of Violence (David Cronenberg, classified as a U.S. film despite the director's Canadian nationality.); Mulholland Drive (David Lynch, France/USA); Three Times (Hou Hsiao-hsien, Taiwan).
- Rois et reine (Arnaud Desplechin, France).
- Elephant (Gus Van Sant, U.S.)
- Talk to Her (Pedro Almodóvar, Spain).
- The Wind Will Carry Us (Abbas Kiarostami, Iran/France); Yi Yi (A One and a Two) (Edward Yang, Taiwan/Japan).
- Pan's Labyrinth (Guillermo del Toro, Spain).
- L'Enfant (Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne, Belgium/France); The Heart of the World (Guy Maddin, Canada); I Don't Want to Sleep Alone (Tsai Ming-liang, Taiwan/France/Austria); Star Spangled to Death (Ken Jacobs, U.S.)
- The World (Jia Zhang-ke, China/Japan/France).
- Café Lumière (Hou Hsiao-hsien, Japan); The Headless Woman (Lucrecia Martel, Argentina/Spain/France/Italy); L'Intrus (Claire Denis, France); Millennium Mambo (Hou Hsiao-hsien, Taiwan/France); My Winnipeg (Guy Maddin, Canada); Saraband (Ingmar Bergman, Sweden); Spirited Away (Hiyao Miyazaki, Japan); I'm Not There (Todd Haynes, U.S.)
- Gerry (Gus Van Sant, U.S.).
- Distant (Nuri Bilge Ceylan, Turkey); Dogville (Lars von Trier, Denmark/Sweden/UK/France/Germany); The Royal Tenenbaums (Wes Anderson, U.S.);
- Alexandra (Alexander Sokurov, Russia/France); Demonlover (Olivier Assayas, France).
- Atanarjuat, The Fast Runner (Zacharias Kunuk, Canada); Goodbye, Dragon Inn (Tsai Ming-liang, Taiwan).
- Longing (Valeska Grisebach, Germany); Secret Sunshine (Lee Chang-dong, South Korea); Vai e Vem (João César Monteiro, Portugal); Far From Heaven (Todd Haynes, U.S./France).
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